terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Dormir de conchinha


- Eu sei que era ele. Eu nunca amarei outra pessoa tanto assim. Posso lidar com isso. Sei que é comum encontrar sua alma gêmea mais tarde, na vida. Para mim, foi péssimo. Aconteceu agora, nos meus 25 anos. Não tem a ver com sexo. Não me importo com isso. Isso não é o principal. O importante é acordar com alguém, dormir de conchinha. Isso é o que importa, dormir de conchinha. Sabendo que, se surgir uma pessoa ruim, existe alguém ali. Isso é uma metáfora. Os vilões nunca aparecem. Você acorda com o vento... com aquele que te ama respirando sobre seu ombro. É isso... a conchinha.
- Sim.
- Devo parecer... Já conheceu uma depressiva como eu ou sou a primeira?
- Meu Deus! Sou cabeleireira há 20 anos. O que mais atendo são solteiras à procura de conchinhas.

Marie & a Cabelereira, "Les Amours Imaginaires", 2010.

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