segunda-feira, 13 de junho de 2011

Um caso clássico de paixonite


- Você precisa ir. Ele vai chegar a qualquer momento... Trabalha aqui perto. É melhor ele vir me buscar. Isso acontece de vez em quando.
- Tenho que lhe dizer uma coisa... E tem que ser agora. Amo você. Estou apaixonado por você. O mundo parece menos terrível porque você existe. Sinto que quero ficar com você pelo resto da minha vida. E isso tudo, as palpitações, os nervos... A dor, a felicidade e o medo. Eu quero... Quero tocar você o tempo todo... Quero cuidar de você e de suas meninas... E até arrumar um emprego decente para o seu marido... E lhe comprar uma casa que não tenha rodas e...
- Cuidado. Parece um caso clássico de paixonite.
- Eu estou apaixonado. Classicamente apaixonado! O clássico marido que vai chegar a qualquer momento... E a clássica depressão... A cada vez que você se vai com ele... E o choro... E as lágrimas e tudo mais... Vou indo. Não quero ver você ir embora com outro cara. Alguém que você não conhece. Por isso, vou ficar olhando. A menos, claro, que seja seu marido.

Ann & Lee, "Minha Vida Sem Mim" (2003).

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